segunda-feira, 13 de maio de 2013

TERCEIRA FASE - OS 20 MINICONTOS



20 AUTORES...

 

                        4 JURADOS OFICIAIS...

 

                                   E AINDA TEREMOS JURADOS CONVIDADOS...

 

AGORA, SEMANALMENTE, TEREMOS 01 ELIMINADO

EM CADA EQUIPE.

 

QUEM IRÁ ATÉ O FINAL?

 

APRESENTAMOS:

 

A TERCEIRA FASE DO I CONCURSO DE MINICONTOS AUTORES S/A

 

 

         Chegamos a mais uma etapa importante do concurso. São cinco autores em cada equipe. A cada semana, um autor de cada equipe terá que se despedir do concurso, até restarem dois de cada equipe – para a Grande Final.

         Todos os minicontos que serão lidos, abaixo, passarão pelo crivo de jurados convidados, os quais aplicarão notas. Os jurados oficiais comentarão todos os textos, “guiando” seus pupilos. No fim de cada etapa, os dois menos pontuados ficarão ameaçados de sair. O jurado oficial que decidirá quem dará adeus ao concurso.

        

                                                           NOTA

 

            Infelizmente, tivemos, dessa vez, uma nova desistência e um descumprimento do regulamento. Ou seja: dois autores foram desclassificados e substituídos na competição. O autor Tonico Vieira, da equipe “Rapidinhos”, de André Sant’Anna, deixa a competição por motivos pessoais. Já o autor Felipe Nostradamus, da equipe “Os Contidos”, de Marcos Pasche, deixa a competição por não ter cumprido o prazo estabelecido pela organização no envio de seu miniconto. Vamos às substituições:

 

EQUIPE RAPIDINHOS

 

SAI TONICO VIEIRA

RETORNA PORTUGA 5

 

EQUIPE OS CONTIDOS

 

SAI FELIPE NOSTRADAMUS

RETORNA RERMAN RESTO

 

 

 

         Que tal conhecermos um pouco mais dos nossos vinte heroicos participantes? Foi solicitado a eles que elaborassem um pequeno texto biográfico, orientando-se através de um formulário que a organização preparou.  Eles contam sobre a vida deles, seus livros preferidos e suas expectativas em relação ao concurso. Obviamente, eles não se identificarão! Curiosos? Leiam, abaixo:

 

A MINIOBIOGRAFIA DOS

MINICONTISTAS

 

Da Equipe “Os Contidos”, de Marcos Pasche:

 

RERMAN RESTO

 

Moro em Curitiba, Paraná. Me inscrevi no concurso pela grande consideração de que tenho pelo colega Wilson Gorj, da Penalux. Sobre o pseudônimo, estava lendo esses dias Herman Hesse, uns depoimentos dele que me ajudaram na definição de meu papel de escritor, então brinquei com o nome Rerman Resto. Eu leio muito. Um livro que me impressionou foi “A Paixão Segundo G. H”. de Clarice Lispector. Estou relendo “Os Sertões”, Euclides da Cunha, estou descobrindo muitos contos e minicontos na narrativa das ações da guerra. Vários. Tenho dois romances prontos, um livro de contos, dois de
minicontos, de haicais, infantis. Participo de duas antologias. Sou psicoterapeuta. Além de escrever, realizo rodas de leituras literárias e Oficinas Literárias. Minhas experiências de vida, a condição e a natureza humana me inspiram a escrita. Sobre o mais forte da competição, espero que seja aquele de melhor domínio da técnica do miniconto, elipse narrativa, p. ex. Minha meta como escritor é continuar escrevendo (tenho vários projetos em andamento) e poder publicar por uma editora com distribuição nacional. Sobre merecer vencer ou não, não entrei pensando nisso, na verdade eu pensei que se tratava de uma seleção apenas de bons contistas.

 

LUANA NOSLEN

 

Moro em São Paulo, São Paulo. Sou cientista social, pesquisadora e dublê de escritor. Me inscrevi no concurso pois concursos literários podem, em certa medida, outorgar algum protagonismo a um dublê de escritor. No caso do pseudônimo sua escolha fora inspirada em Suzana Flag, codinome usado por Nelson Rodrigues, uma das minhas influências. Mas bebo de outras fontes, como notícias de jornal, Dalton Trevisan, Thomas Bernhard e muitos outros, entre eles Dostoiéviski, meu autor de cabeceira. Embora tenha participação em algumas antologias, como da Geração Editorial e da SP Escola de Teatro, não tenho nenhuma grande pretensão como escritora e ficaria lisonjeada se faturasse esse certame literário. Por fim, avaliando os demais concorrentes do grupo “Os Contidos”, aposto minhas fichas na pessoa do Rio de Janeiro, de pseudônimo Castel, autor do conto “O Abraço”.

 

 

CASTEL

 

Moro em Maricá, Rio de Janeiro. Me inscrevi no concurso porque costumo participar de concursos literários e, recentemente, passei a me aventuras nos minicontos. Foi a oportunidade ideal para testá-los. Meu pseudônimo vem de “Juan Pablo Castel”, protagonista do romance “O Túnel”, de Ernesto Sabato. Gosto do fato dele ser só um nome próprio e não algo que aponte para um ou outro gênero. “O Apanhador no Campo de Centeio”, de J.D. Salinger, foi um livro muito importante na minha juventude. Um livro que terminei de ler há pouco tempo e gostei muito foi “Uma Confraria de Tolos” de John Kennedy Toole. Nunca escrevi um livro. Já escrevi uma quantidade de contos que poderiam ser reunidos numa publicação, mas nem acho que eles têm qualidade para tal. Existem contos meus em nove antologias diferentes, quase todas frutos de concursos literários. Sou Auxiliar Administrativo. Tirando a escrita, no campo artístico, sou péssimo em tudo. A menos que considerem comer muito uma arte. Sobre inspiração para a escrita, não dá para ser muito específico nessa resposta. Pode ser algo muito sério e pessoal ou uma besteira qualquer, tudo pode servir de gatilho para a escrita.  Em relação à minha equipe no concurso, até o momento gostei mais dos contos do(a) Anima Brevis. Mas entramos numa fase em que os minicontos serão com temas propostos pela organização e tudo fica imprevisível. Veremos quem se adapta melhor à proposta. Minha meta como escritor: quero o Prêmio Nobel, o Jabuti e o Camões. E quero agora! Estou brincando. Na verdade, se eu terminar de escrever todos os episódios de uma Web Série que estou planejando publicar em breve já está ótimo. Não sei responder se mereço ganhar. Não me acho melhor do que ninguém. Mas espero que os jurados achem!  

 

 

RAZEC

 

Moro no Rio de Janeiro, Rio de Janeiro. Decidi me inscrever neste concurso meramente por exercício literário. Escolhi este pseudônimo, pois trata-se de um anagrama pessoal. Não tenho um livro que possa dizer ser o melhor. Atualmente, estou lendo bastante Lima Barreto. Tenho um único livro publicado (poesia) e um inédito (prosa). Participei de algumas, não lembro quantas exatamente. Sou professor de Língua Portuguesa e Literatura (atualmente pós-graduando em Literatura Brasileira). Sou músico, tendo participado de diversas bandas de heavy-metal e hard-rock na cena underground carioca dos anos 90. O que me inspira? O trabalho do poeta Waly Salomão é uma grande referência pessoal. Posso classificar como o mais forte da minha equipe o autor(a) identificado como Anima Brevis, por apresentar qualidade, maturidade e experiência. Minha meta como escritor é um próximo volume de poesia e a publicação do livro, ainda sem título, com narrativas inéditas. Acho um bom momento para tirar da gaveta meus textos, que, creio, merecerem uma oportunidade de serem descobertos, pois são resultado de anos de trabalho.

 

ANIMA BREVIS

 

Moro no Distrito Federal, Brasília. Me inscrevi neste concurso porque queria experimentar neste gênero. A escolha do pseudônimo - Anima brevis -, alma breve, ou mente breve, foi uma forma que encontrei de me referir à história de um miniconto. Breve, mas com alma, com mente. Nossa... Livros da minha vida seria mais apropriado, bem no plural. Mas eu tenho uma relação especial com Machado, com Drummond e com Clarice, em mais de uma obra. Dentre os estrangeiros, criei uma ligação especial com o livro “Como Água para Chocolate”, depois que o li em espanhol — creio que é por isso que algumas pessoas dizem que um livro sempre perde ao ser traduzido. Mia Couto tem me ocupado bem a leitura, também. Já escrevi dois livros: um de contos, um de crônicas. Participo de quatro antologias: duas de poesia, duas de contos. Trabalho com Relações Públicas, que é uma das áreas da Comunicação (embora tenha muita gente sem a formação superior usando esse nome quando atua como recepcionista, promotores e afins). Além de escrever, não desenvolvo nada, nada na área artística. Gostaria de ter mais dons, mas não tenho. Estudei sete anos de piano clássico e não toco mais nada. Só mantive o ouvido apurado para afinações ou desafinações. Eu costumo ler textos em saraus e sou boa de interpretação até, mas não chamo isso de "outra coisa no campo artístico" (é que já fiz teatro e declamação, quando era adolescente, mas não faço mais). Tudo me inspira a escrever. Gente, planta, bicho, nuvem, lua, dor, injustiça. Qualquer coisa pode ser material pra texto. Inspiração? Tenho. Mas acredito muito em transpiração, igualmente. Trabalho um texto, às vezes, para que fique menor, maior, menos pesado, mais intenso, mais culto, mais coloquial. Dos que competirão comigo, acho que o participante mais forte é a Luana Noslen. Minha meta como escritora: ser lida por muita gente. Ganhar reconhecimento nacional. Escrever cada vez melhor.
Todo o mundo que entra num concurso entra para competir e tentar vencer. Eu estou buscando fazer o melhor que posso. Fazendo o melhor, mereço vencer. Mas não é o que merecemos todos os que estamos tentando?

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Da Equipe “Rapidinhos”, de André Sant’Anna:

 

Ethexse/esxehtE

 

Moro em Indaiatuba, São Paulo. Me inscrevi no concurso porque senti vontade. A explicação do meu pseudônimo: é uma voz de nome duplo, de verso e inverso, por influência de um seriado que me fez começar a escrever de trás para frente como forma de entreter outras das vozes. Ethexse/esxehtE – a grafia certa, escrevi errado ao enviar para o concurso –, é o resultado dos cortes, como o louco tocando flauta, prestes a cair no abismo, mas, por ser o inverso, também é quem sai do precipício e traz o que trouxe de lá. Não tenho um livro da minha vida. O atual livro de cabeceira é o “A Água e os Sonhos” do Gaston Bachelard. Nunca escrevi um livro. Participo de uma antologia, resultante de uma oficina de escrita. Não tenho profissão. Além de escrever, tento desenho. Difícil listar o que me inspira. É meio aleatório. Dos que irão competir comigo, acho o Mutante um candidato forte. Não tenho meta como escritora. Não me considero escritora, mas gostaria. Daí, poderia ter a meta de ser escritora, só que não acho que funciona assim.  Sobre eu merecer vencer o concurso, não acho isso. Tenho escrito por sentir vontade e contente por progredir no concurso, mas sem apostar no fato de ganhar, porque tem um pessoal que escreve muito bem por aqui.

 

 

 

FLORA MEDEIROS

 

Moro em Atibaia, São Paulo. Fiz minha inscrição neste concurso porque vi no concurso uma chance de mostrar meu trabalho como minicontista. A escolha do pseudônimo não tem nenhum motivo especial. Gosto muito do nome Flora. O sobrenome, Medeiros foi escolhido pela sonoridade. O livro de minha vida, sem dúvidas, é “O amor nos tempos do cólera”, de Gabriel Garcia Marquez. Atualmente, tenho dois livros de cabeceira: a biografia de Oswald de Andrade, escrita pela professora Maria Augusta Fonseca e “Toda poesia”, de Paulo Leminski. Escrevi apenas um livro de crítica literária, fruto de minha pesquisa de mestrado. Participei apenas de uma antologia, o jornal GLBTUVXZ, que reuniu contos de temática GLS. Sou professora universitária. Também dou aulas de Literatura e Redação para o Ensino Médio. Além de escrever, eu canto. A vida, o dia a dia me inspiram a escrever. Na minha equipe, vejo Ramon Rufo como o candidato mais forte. Minha meta como escritora é publicar um livro com os contos que escrevo e, futuramente, um romance que tenho em mente. Por que devo vencer? Acho que minha principal qualidade como minicontista é a clareza e concisão ao expressar minhas ideias. Além de explorar os vários sentidos das palavras. Por esses motivos, mereço vencer o concurso.

 

RAMON RUFO

 

Moro em Riachão do Jacuípe, Bahia. Inscrevi-me no Concurso pelo prazer do desafio e por gostar deste gênero textual. O pseudônimo, além de ser sonoramente bonito, é uma homenagem a dois autores: o “Ramón” de Juan Ramón Jiménez (Nobel de literatura), e “Rufo”, de Juan Rulfo (com L). O livro da minha vida é “Todos os Fogos o Fogo” do argentino Júlio Cortázar e o atual de cabeceira é “O longo adeus” de Raymond Chandler, que, aliás, está comigo via empréstimo, preciso terminá-lo o quanto antes. Já escrevi quatro livros, três publicados e um no prelo, e participo de três antologias. Sou professor, escritor e faço vídeos de humor nos fins de semana (em parceria), os quais são publicados num canal específico do Youtube. A inspiração pode vir de todo lugar e de lugar nenhum. De tudo e de nada, principalmente “do nada”. Quando inspirado, costumo escrever sobre o cotidiano, sobre coisas que eu observo, ou finjo observar. Talvez aí resida o grande desafio deste concurso: criar minicontos dentro de propostas específicas. A minha meta como escritor é ser um bom escritor. Parece simplório, mas escrever bem é uma das tarefas mais dificultosas que existe. Por vezes, as ideias estão todas lá, nos sorrindo como uma menina na janela, e simplesmente não tomam forma, escapam por entre os dedos.  Respeito muito os adversários, acredito que todos que chegaram até aqui tem grandes chances de vencer. Mutante, por exemplo, é um adversário forte no meu grupo, ele/ela sabe o valor das palavras. Contudo, venho escrevendo minicontos há quatro anos e acredito que a experiência no gênero me dê uma leve vantagem no I Concurso de Minicontos Autores S/A.

 

PORTUGA 5

 

Moro em Odivel, Portugal. Concorro a quase todos os concursos literários a que seja admitido e consiga um texto compatível. Escolhi o pseudónimo “Portuga 5” para que os jurados suspeitem que as pequenas “irregularidades” que notem na minha escrita se devem à minha matriz europeia. Não tenho um “livro da minha vida”, mas li há pouco um livro muito bem construído: “O Leitor”, de Bernhard Schlink. Ando a ler “O Animal Moribundo”, de Philip Roth. Não escrevi um romance, mas já propus a algumas editoras uma coletânea de 24 contos meus. Contos meus integram duas coletâneas portuguesas e três brasileiras, resultantes de concursos. Sou um reformado, ex-técnico de imagem da estação pública de televisão portuguesa. Além de escrever, já pintei, de forma amadora. De momento, só escrevo. Inspiro-me a escrever porque, neste caso em específico, costumo produzir bem em oficinas de escrita, em competição. Dos competidores da minha equipe, quem me parece mais regular é Ethexse /esxethE. Ambiciono escrever pelo menos três romances, de que me orgulhe. Acho que vencerei este concurso se conseguir produzir minicontos de excelência.

 

 

MUTANTE

 

Moro em São Paulo, São Paulo. Me inscrevi neste concurso pois costumo participar de alguns concursos que têm inscrição on line. Fiquei sabendo do I Concurso de Minicontos Autores S/A através da postagem de um amigo no Facebook e não tive dúvida, fiz minha inscrição. Escolhi este pseudônimo porque sou fã dos Mutantes. Sobre livros, gostei muito de “Quando Nietzsche Chorou” de Irvin D. Yalom. Atualmente leio “O Tempo e o Vento” de Érico Veríssimo. Nunca escrevi um livro, no entanto, participo de nove antologias, no total. Sou diagramador. No momento, em relação à arte, só escrevo. Mas no passado, já fiz algumas letras de música. O que me inspira a escrever é a leitura. Creio que a Flora Medeiros seja a competidora mais forte da equipe. Minha meta como escritor é publicar o maior número possível de textos e, assim, expor minhas ideias. Por que devo vencer o concurso? Esta é a pergunta mais difícil. Como não conheço os minicontos dos concorrentes, fica difícil afirmar que devo ganhar, porém, se isso acontecer, significa que escrevi bons minicontos. Assim, estarei espalhando mais ideias para incontáveis leitores.

 

Da Equipe “Max Minis”, de Leila Míccolis:

 

HITCHCOCK

 

Moro em Salvador, Bahia. Me inscrevi neste concurso  por livre e espontânea pressão dos amigos, que achavam que seria bom pra mim. No meio do caminho, fui surpreendido com a qualidade dos participantes e os oportunos comentários sobre os textos, sempre animadores. Como nasceu meu pseudônimo? Como qualquer cinéfilo que se preze, tenho Alfred Hitchcock em alta conta. Nossa, quanto aos livros eu poderia dizer tanta coisa pra parecer que sou mais interessante do que realmente sou, mas não poderia deixar de citar Machado de Assim; leio “Dom Casmurro” todo ano. Agora tenho lido um pouco de “Toda Poesia”, de Paulo Leminski, por dia, como se fosse uma prescrição médica. Tenho dois livros publicados. Participo de duas antologias.  Como profissão, para não fugir à regra do escritor no Brasil, sou funcionário público. No campo artístico, além de escritor, sou cineclubista e letrista de música popular, com algumas canções gravadas por aí. O que me inspira? O cotidiano, a coisa mesquinha de cada dia, o trivial. Tudo que aparenta ser desinteressante. Creio que o Juliano Monterroso, da minha equipe, seja o mais forte. Ele é do Japão, deve ter algum superpoder. O que falar sobre meta? No Brasil, para o escritor, publicar já é uma meta. Agora só me resta ser lido. Não acho que mereço vencer o concurso, e olhe que não estou sendo modesto.

 

 

ANA LINA

 

Moro em Sobradinho, no Distrito Federal. Decidi me inscrever neste concurso pelo desejo de experimentar, arriscar o que penso, compartilhar a minha subjetividade, divulgar o meu trabalho. Estar no concurso vem sendo uma oportunidade de encontros com tantos materiais diferentes, de esbarrar o que outro pensa, percebe, sente, olha, devolve. Acabou sendo uma divertida expectativa acompanhar os contos que são selecionados. Um bom ciclo de inspirações! Bom ler tanta gente! Ao escolher este pseudônimo, não julguei, nem pensei demais… Aceitei o que veio, como uma música, ou um sopro, ou um instante que não pede licença para existir.  Não tenho um livro da minha vida e atualmente o livro que tem se deitado comigo com mais frequência é o “Livro do Desassossego”, Fernando Pessoa. Tenho muitas coisas escritas, mas ainda não publiquei nenhum livro. Escrever é uma compulsão e publicar um livro meu, conforme desejo, é uma meta. Participo de duas antologias. Sou dramaturga, atriz, diretora, professora de teatro e cenógrafa. O que me inspira? Todas as histórias são pessoas e todas as pessoas são histórias. E todas elas me interessam. É o que entendo e gosto do mundo. Sobre quem é mais forte no concurso, não sinto necessidade de mensurar isso. Gosto de todos que tenho lido de formas diferentes. Força é força. Tenho uma infinidade de metas como escritora, rs! Ter mais tempo para escrever. Publicar e divulgar meus escritos... Tantos embriões de desejos... Por que devo vencer o concurso?... Outra pergunta difícil de responder. Me faço outras: por que adoro o que escrevo? Por que acredito no que escrevo? Por que é divertido ganhar quando se joga e se disputa? Não sei exatamente… De tudo um pouco, mas tudo isso, em algum lugar, é só uma rua que peguei de uma caminhada maior a ela. Sei que o que eu escrevo me tem inteira, com o tamanho daquilo que me pede para ser escrito. Com o tamanho da dignidade daquilo que deseja fazer história, tocar, ser o outro e existir.

 

SEBASTIÃO JONES

 

Moro em Vianópolis, Goiás. Quero iniciar dizendo que todos nós somos vencedores, mesmo aqueles que não se classificaram para esta fase, pois escrever em um país como o nosso, de pouquíssimos leitores, é uma jornada árdua. Uma viagem de sensações e emoções promovida pelas palavras. Juntar letras em sílabas, sílabas em frases e orações, criando assim períodos apaixonantes e parágrafos delirantes; textos sinestésicos e dotados de fruição.

Quando decidi participar do certame, queria – confesso – apenas ser publicado. Estar entre os melhores para que, então, tivesse meu trabalho impresso. Hoje, contudo, percebo que os textos vão muito além dos livros.

O pseudônimo “Sebastião Jones” foi uma singela homenagem a dois personagens de literatura. O primeiro criado por mim: é um paralelo ao herói que dá nome ao meu livro – lançado no início deste ano –, o segundo foi simplesmente cópia daquele arqueólogo criado por George Lucas e interpretado no cinema por Harrison Ford. Personagem este o qual talvez tenha sido um dos maiores responsáveis por eu ter me tornado professor e escritor. Afinal, desde criança queria ser como o professor Jones – apensar de eu lecionar língua portuguesa e ser verdadeiramente apaixonado pelo nosso rico idioma.

O livro que mais marcou/marca minha vida, e não há como deixar de citar, é a Bíblia. Mas em literatura – não quero entrar em discussão sobre o caráter do livro cristão –, foi as “Aventuras de Sherlock Holmes”, de Arthur Conan Doyle; minha infância foi recheada de mistério, suspense e investigação, graças a essa obra. Atualmente venho estudando – e me apaixonando – pelos cânones brasileiros. Surpreendo-me sempre com Machado de Assis e com José de Alencar.

Apesar de residir em Vianópolis, viajo todos os dias para Anápolis, a fim de terminar meu curso superior. Estudo Letras Português-Inglês. Sou membro, inclusive, da ULA (União Literária Anapolina).

Além de um livro publicado, fui recentemente selecionado por duas editoras para compor os autores que farão parte de antologias que serão publicadas no segundo semestre deste ano.

Realmente não sei quem vai vencer este concurso. Todos são extremamente talentosos, o que me deixa muito feliz, pois nossa literatura é, de fato, maravilhosa.

Escrever é transmitir para o papel todas as suas fantasias; podem ser utópicas ou não. É esboçar um futuro melhor, mais justo, alegre, divertido. É semear o amor nos corações mais rústicos, e cultivar a alma daqueles que, assim como nós, são seduzidos pelo mundo das letras, pelas histórias/estórias, pelas ideias, pelos novos pontos de vista, ou mesmo pelas velhas filosofias...

Os minicontos, apesar de serem curtos e dinâmicos, têm a singular característica de provocar em nós aquelas sensações diversas que só leitores assíduos compreendem e, também, ponderações inquietantes. Essa experiência, para mim, está sendo magnífica.

 

JULIANO MONTERROSO

 

Moro em Saitama, no Japão. Acompanho há algum tempo o trabalho da equipe do Autores S/A, em especial o do escritor Lohan Lage, e havia participado de um dos concursos de Poesia por ele organizado. Quando vi que estavam abertas as inscrições para minicontos – gênero com o qual me identifico bastante – não hesitei em participar. Como tantos outros microcontistas, sou fã de Augusto Monterroso. E decidi fazer um exercício lúdico em referência aos meses no primeiro nome – para o meu pseudônimo. O livro de minha vida é todo livro que estou lendo no momento. Mas alguns me marcaram: casos de “Dom Casmurro” (M. de Assis), “O Cortiço” (Aluísio de Azevedo), “Cem Anos de Solidão” (G. Márquez) e “Tia Julia” e o “Escrevinhador” (Vargas Llosa). Atualmente, meu livro de cabeceira é “A Morte e a Morte de Quincas Berro d’ Água”, do genial Jorge Amado. Já publiquei três livros: uma pequeníssima novela, um de crônicas e um de minicontos (este publicado no ano passado). Já participei de cerca de trinta antologias, muitas oriundas de concursos literários. Sou advogado por formação; e professor e escritor, ambos pela paixão. No campo artístico, escrevo somente, mas escrevo de tudo: roteiros de cinema (cinema, aliás, outra de minhas paixões). O que me inspira a escrever? Tudo e todos: acredito que a vida está repleta de inspirações – em casa, no trabalho, no cinema ou no caminho para o supermercado... Basta termos a sensibilidade para captá-las no momento certo. Sobre o participante mais forte em meu grupo, creio que citar um nome seria injusto para com os demais participantes. Minha meta neste momento: passar para a quarta etapa do Concurso Autores SA. Neste ano: publicar meu primeiro livro de Poesia. No futuro: um livro premiado, o Jabuti, o Camões, o Nobel (ora! deixem-me sonhar um pouco…).  Por que devo ganhar? Porque acredito que, com humildade e trabalho, podemos sempre esperar pelo melhor. Gosto muito de um provérbio chinês, que diz: “Espere o melhor, prepare-se para o pior e aceite o que vier.”

 

MIGNONE

 

Moro em Campinas, São Paulo. Acho fascinante o poder que têm as palavras de expressar pensamentos, sensações, sentimentos. Procurar a significação precisa, o exato jogo das palavras, é um desafio que me instiga. A concisão acrescenta um grau mais nesse desafio. Escrever um miniconto é um tremendo desafio. Meus colegas, no colegial, brincavam sempre carinhosamente comigo por ser pequena, um tipo “mignon”. Daí o pseudônimo  Mignonne, no feminino. Só agora vi  no dicionário de Francês que é com dois “n”. Tarde demais...

          Li muitos livros marcantes, em diferentes momentos de vida. Alguns de que me lembro agora: “A fonte” (Charles Morgan), “O fio da navalha” (W. Somerset Maugham),  “Cem anos de solidão” (G. Garcia Marques), toda a série  “As brumas de Avalon” (Marion Zimmer Bradley)... O título de “livro da minha vida” vai para “Reinações de Narizinho”, de Monteiro Lobato, por ter sido o primeiro. Recentemente li, “Nihonjin”, do brasileiro Oscar Nakasato, maravilhoso. Atualmente estou lendo “Amor”, de Isabel Allende.

           Aos onze anos, “escrevi um livro”, manuscrito em umas dez páginas de brochura... Inédito, claro. Tive dois contos publicados em antologias. Sou Psicóloga, terapeuta de adultos. Quando adolescente e jovem, toquei bastante violão, em rodinhas de amigos. Hoje, quase não faço isso.

          Não penso que alguém ou algo específico me inspire a escrever. Concursos me motivam, dão um prazo, às vezes, um tema. Minha meta como escritora é escrever cada vez mais, e publicar.

          No meu grupo, Juliano Monterroso é um concorrente forte. Mas, eu devo vencer, porque sou boa nisso!

 

Da Equipe “Insólitos”, de Paulo Fodra:

 

PRESSUPOSTO EPISTEMOLÓGICO

 

Moro em Nova Friburgo, Rio de Janeiro. Decidi me inscrever no concurso para me forçar a escrever e exercitar a concisão. Escolhi este pseudônimo porque passei anos na faculdade ouvindo uma professora falando dos tais "pressupostos epistemológicos" da matéria que lecionava. Ficou gravado. Não tenho nenhum livro da minha vida. Gosto de vários autores, de vários gêneros. Gosto, preferencialmente, de Graciliano Ramos. Prefiro as narrativas curtas, cortantes, objetivas. Não sou de floreios.  Já escrevi dois livros: um lançado, outro aguardando "laudo" de um parecerista. Participo de uma antologia de poemas. Trabalho com tradução. Atualmente não atuo em outra área artística, mas já trabalhei com origami e cartonagem. Parei há algum tempo. O que me inspira a escrever? Pessoas em geral, seu comportamento e psiquismo. Sobre as pessoas que competem comigo no concurso, não faço a menor ideia de quem possa ser o mais forte. Somos todos bons. Minha meta como escritora é ir adiante na escrita de contos. Sobre merecimento em vencer o concurso: não me preocupo em vencer. Participo sem pensar nisso, meu ganho é escrever e ver o texto comentado, ver como o leitor sente o que escrevo. Não tenho espírito competitivo, sou uma pessoa tranquila quanto a isso. 

 

FINADO SEVERINO

 

Moro no Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.

Ao passar em Jordão, os demônios me atalharam perguntando por que diabos eu escolhi este pseudônimo. A maior parcela de culpa é do João Cabral, mas são cúmplices os tantos Severinos, filhos de tantas Marias, mulheres de outros tantos, já finados, Zacarias. E somos muitos Severinos, iguais em tudo e na sina, de querer arrancar algum roçado da cinza, de tentar abrir, na realidade concreta, uma janela para a subjetividade.

E como meta desta jornada severina, buscamos todos a parte que nos cabe neste latifúndio: o reconhecimento, cada qual com seu modo de interpretar a palavra.

Como tantos outros Severinos, também já publiquei o meu primeiro livro através de uma pequena editora; e entre tantos outros Severinos, compondo tantas antologias de concursos literários, circulo sem grande destaque.

Resolvi percorrer este rosário de desafios da Autores S/A com o propósito firme de exercitar minhas ladainhas. E penso que, se entre tantos Severinos que somos, os jurados e leitores devem escolher apenas um, que se escolha qualquer um: ficarei feliz de todo modo, pois somos todos e somos tantos. Entre meus colegas de grupo, agrada-me de antemão o que se intitula Regis Guerra. Pelo que li, reli e tresli, o sujeito (ou a sujeita, sabe-se lá!) se destaca.

A mulher na janela interrompe a conversa:

— De nada adianta escrever, se incentivo à leitura não há; então diga-me, retirante, o que mais fazia por lá?

— Para variar as culturas, de vez em quando aro outras paragens e busco produzir fotografias, cenas e manchas de tinta.

— As artes aqui não brotam, salvo se regadas a edital; vamos então ao ponto, retirante: como é que faz para se virar?

— Para não morrer de fome - um pouco por dia, ocupo um cargo público.

— Nem só de pão vive o homem, carece também de cultura; diga-me ainda, retirante, que escritores costumam lhe agradar?

— Gosto muito de tanta coisa, há diversas obras que fizeram e fazem parte de minha vida e sina; devo admitir, no entanto, que estou sempre tendendo a citar os autores latino-americanos: brasileiros, vizinhos e irmãos. A lista é grande e não cabe aqui.

Sem mais o que acrescentar, despeço-me e tomo meu rumo.

 

QUARTZO ROSA

 

Moro em Caxias do Sul, Rio Grande do Sul. Me inscrevi no concurso porque gosto de ter meus textos lidos e avaliados, uma espécie de “teste” mesclado à desafio, confirmação. Participo de quase todos os concursos literários em que o regulamento permite o envio por meio de correio eletrônico, o que facilita muito para o participante. Já conquistei dezenas de prêmios e classificações. O pseudônimo Quartzo Rosa foi escolhido por mim, devido a minha fascinação pelas pedras brasileiras. O Quartzo Rosa é a pedra do AMOR, a base de tudo. Se eu fosse mencionar todos os livros que influenciaram a minha vida e me fizeram refletir e crescer eu necessitaria de uma infinidade de laudas. Mas para responder a pergunta, vou permanecer no lugar-comum e trazer à baila um brasileiro, Machado de Assis. Meus livros de cabeceira, atualmente, são tantos que a pilha está desmoronando... Entre eles, muitos dos escritores do momento atual literário. Sou autora de dois livros publicados (e três inéditos): Os três inéditos são dois de poemas e um de trovas literárias. Tenho participação em dezenas de antologias, acredito que por volta de cem. Sou funcionária pública, professora na rede municipal de ensino de Caxias do Sul, Rio Grande do Sul, há mais de vinte anos. Sou licenciada em Letras Português e Espanhol e especialista em Leitura e Produção Textual. Não desenvolvo outro lado artístico ainda por pura falta de tempo. Ainda não, por pura falta de tempo. O que me inspira é a vida, e tudo que nela está inserido. Na competição, acho que a mais forte seja Névio Burgos, de Guaratinguetá, São Paulo. Minha meta como escritora é publicar todos os meus livros: os que já tenho escritos, os muitos que ainda são projetos e todos os que ainda são apenas sonhos Eu penso que chegar até essa etapa do concurso, um certame com alto nível de participação como foi e está sendo esse, já uma vitória. A Gran Finale eu deixo nas sagradas mãos dos jurados. Mas uma coisa tenho de confessar: alcançar o  primeiro lugar, seria uma alegria indescritível!

 

 

REGIS GUERRA

 

Moro em Curitiba, Paraná. Inscrevi-me nesse concurso porque costumo escrever textos breves e achei que seria uma boa oportunidade para por a prova a qualidade do que produzo. Escolhi este pseudônimo baseado em uma personagem que criei uma vez: Regina Guerra. Significa rainha guerra ou rainha da guerra. Acho que é um nome forte. Como precisava de um pseudônimo, lembrei desse nome e procurei fazer uma versão masculina. Um livro muito importante para mim é “A educação pela pedra”, de João Cabral de Melo Neto. É um patamar poético que invejo e trabalho para atingir esse nível de rebuscamento na forma e no conteúdo algum dia. Acredito que ainda estou longe. Mas, meu atual livro de cabeceira é “As cidades invisíveis” do Italo Calvino. Já escrevi um livro de poesias, publicado este ano. Por enquanto, é o único. No ano passado participei de uma antologia. Eu trabalho como musicoterapeuta em uma instituição que atende crianças e adolescentes em sofrimento psíquico. Também trabalho na encadernadora que pertence à minha família. Estudei música por alguns anos. E comecei a escrever para colocar letra em algumas melodias que criava. Cheguei até a compor peças instrumentais quando estava mais envolvido com o estudo de piano erudito e, em seguida, de violão popular. Mas a escrita tomou o lugar dessas outras práticas. Hoje só toco por hobby. Quando criança, escrevia por brincadeira. Meu pai corrigia os meus textos, isso despertou em mim uma autocrítica com relação à forma. Algo que eu procuro aperfeiçoar obsessivamente – reescrevo meus textos diversas vezes. Sou uma pessoa tímida e escrever me dá possibilidade para tentar comunicar aos outros minhas observações sobre esse mundo. Algo que, para mim, é mais difícil de fazer oralmente. Acho que é essa possibilidade, excluída da interação oral e em tempo real, de trabalhar e retrabalhar o texto antes de mostrar para alguém, que me impulsiona a continuar escrevendo. Acho que preciso compartilhar minhas observações com as pessoas. E a escrita me permite isso. Acredito que o candidato mais forte da equipe insólitos é o Névio Burgos. Ele consegue produzir um texto extremamente conciso e, ainda assim, transmitir, implicitamente, toda uma miríade de imagens. Eu tenho o objetivo de, por meio da escrita, consolidar um público que me acompanhe, com o qual eu possa compartilhar as minhas produções. Um público que as aprecie. Fiquei muito feliz de estar entre os 48 escolhidos. E mais ainda de estar entre os 20. Isso já me diz que talvez meus textos tenham algum valor. Acho que posso vencer porque cheguei até aqui. Acho que devo, porque me dedico à escrita. Se não achasse nada disso, me inscrever no concurso seria um ato de futilidade.      

 

NÉVIO BURGOS

 

Moro em Guaratinguetá, São Paulo. Decidi me inscrever neste concurso pelo desafio de escrever em um estilo em que não domino. O pseudônimo nasceu da junção de meu nome e o sobrenome de família da minha esposa. O Livro da minha vida é "Evangelho Segundo o Espiritismo"- Allan Kardec; e o que estou lendo, "A Casa do Escritor" - Autora Patricia - Psicografado pela médium Vera Lúcia Marinzeck de Carvalho. Já escrevi um livro, publicado em agosto de 2011, e estou com outro para ser lançado, em setembro deste ano. Participo de duas antologias Sou Fiscal Tributário Municipal. Além de escritor, sou compositor e cantor. O autor Wilson Gorj, do qual sou fã, me inspira muito neste estilo de mini e microcontos.

Acho que todos os competidores deste concurso são igualmente talentosos. Minha meta como escritor é partilhar o que absorvo das pessoas e do mundo. Já me sinto um vencedor do concurso, independente de qual fase eu consiga chegar, pois estar entre os 20 finalistas de tantos que se inscreveram é o máximo. E tem muita gente com grande sensibilidade e talento.

 

E então, o que acharam dessa turma boa? Com quem você mais se identificou? Para quem irá torcer? Fique ligado, prepare sua torcida, pois, você, leitor, também poderá ajudar o seu candidato preferido! Após a leitura dos minicontos, você poderá votar, no campo dos comentários (apenas pela Conta do Google – ou seja, anônimos não contarão) em um integrante de cada equipe, o qual você NÃO DESEJA que seja o ELIMINADO da semana. Vote pela imunidade do seu candidato! O candidato, de cada equipe, que tiver mais votos, receberá um bônus de 0,5 pts. em seu somatório geral! Os votos poderão ser dados até quinta-feira, às 19 horas!

Mas lembrem-se: só logados com a Conta do Google!

 

Os Minicontos da Terceira Fase

 

         Foi proposto aos candidatos que optassem entre 4 imagens, as quais representavam quatro artes diferentes (arquitetura, pintura, escultura e fotografia). Abaixo, você verá quais imagens eles escolheram e como conseguiram extrair um miniconto da imagem de uma arte! É possível definir uma imagem em poucas palavras? Tire suas próprias considerações, leitor. Boa leitura!

 

EQUIPE “OS CONTIDOS”

JURADO: MARCOS PASCHE
 

 
 
("O menino que chora", de Giovanni Bragolin)
 

 

Pseudônimo: Rerman Resto

Título: O choro do menino


       O choro do menino começou quando os homens chegaram. Era para ninguém falar da morte do pai. Mesmo dizendo “nosso falecido pai” o menino chorava, um choro por todos, eles sabiam. Os homens vinham da seguradora. Pediram que falassem, tirar dúvidas, tudo precisava ser esclarecido, final do inquérito.
     Diante do silêncio, os meninos calados na proibição, a mãe adiantou-se:
     – Os senhores já têm o atestado de óbito, passado por médico, o laudo de perito do IML, querem mais o quê?


 – O testemunho dos familiares para fecharmos o relatório.

– Meu marido morreu, foi um acidente.

– Não, mãe! Ele se matou! – disse o menino que chorava.

 
Pseudônimo: Razec

Título: O quadro

 

Do lado de fora, garotos, contentes, pintavam o sete. Na parede da sala, o menino enquadrado, esquecido, chorava eternamente. 

 

Pseudônimo: Luana Noslen

Título: Segredos do coração

 

Por quase nove meses seu coração apenas bateu. E hoje todo o tormento que persegue aquele menino vem de não saber que esse mesmo coração às vezes apanha.  Seja como for, ele sente, mas não entende.

 

Pseudônimo: Anima Brevis

Título: Sua bênção, pai, mãe

 

Óleo sobre tela. Olhos sobre tela. E aqui estou eu, nas paredes entulhadas da nossa casa vazia, eternamente inesquecível em matizes de angústia. Tivessem observado, pai, mãe; tivessem mergulhado nos meus olhos oblíquos de desespero ou percebido o grito mudo dos meus lábios apertados e talvez não houvesse me alcançado a depressão dos bibelôs. E não estaria morando entre vocês, em vocês este remorso que não basta. Nem seríamos, eu e vocês, ângulos opostos pelo vértice da dor. Meus olhos fixos, frios, mortos não estariam aqui, testemunhando para sempre tantos passos de culpa. Estaríamos sentados à mesa ou na varanda fresca, entre paredes libertas de mim. E eu lhes pediria a bênção, pai, mãe.

 
 
("A Pequena Bailarina de quatorze anos" de Edgar Degas)


 

Pseudônimo: Castel

Título: Uma Mulher Dividida 

 

Imaginava-se dançando para uma grande plateia num palco imponente. Assim desligava a cabeça enquanto seu corpo era tocado e subjugado por estranhos em quartos de motéis sujos ou no interior de automóveis estacionados em ruas de pouco movimento. Enxergando-se na bailarina de sua fantasia, escapava da miséria de sua vida. Dividida entre o inferno em seu corpo e o paraíso em sua mente.

 

EQUIPE “MAX MINIS”

JURADA: LEILA MÍCCOLIS

 

 

 
 
("O menino que chora", de Giovanni Bragolin)


 
 
Pseudônimo: Hitchcock

Título: Saveiros do Mar Morto

 

            Quando eu era criança, gostava de ver as embarcações que chegavam e partiam, gostava de ver os marinheiros, os estivadores, os ratos do cais. Achava engraçado o corre-corre dos passageiros no Ferry Boat e o descontentamento nas filas que se formavam em vésperas de feriados.

Quando eu era criança, imaginava que o mundo acabaria no mar e que eu sorriria afogado.

 

 

Pseudônimo: Sebastião Jones

Título: A Súplica

 

Quando André adentrou-se impetuosamente no casebre que ardia incandescente, com chamas que se elevavam até o topo do céu, não imaginou que suas perturbadoras leituras da véspera fossem se tornar elementos daquele macabro enredo.

Viu-se jogado para dentro de sua confusa mente, integrando-se a um mosaico de teorias impressionantes. O quadro de Giovanni Bragolin estava ali, fixado na parede, sendo velado pelo fogo que queimava implacavelmente. Como pode?, ponderou André diante de tão bizarra situação.

O Menino que Chora o olhava suplicante.

Em quase duas décadas de serviço no corpo de bombeiros, jamais imaginou que um dia se depararia com o aparente sobrenatural. O casal de adultos que estava esticado no chão parecia já ter sido vítima da tragédia. No quarto ulterior, entretanto, um garotinho, em prantos, ainda respirava.

André pegou-o pelos braços e correu para fora daquele inferno. Mas antes, pôde ver o quadro sendo abraçado pelas labaredas destruidoras.

 
 
("La Ruovo Center Brain Health", de Frank Gehry)
 

Pseudônimo: Mignone

Título: Personalidade

           

Era uma casa muito engraçada, não tinha teto, não tinha nada... 

 Um dia, cansou-se de tanta falta de limite. Ao som do Bolero de Ravel, retorceu-se em direção ao seu próprio centro e amarrou-se, como numa trouxa. Ao final exibiu-se, redonda, toda orgulhosa!

Botou uma tabuleta, na frente: É PRECISO REINVENTAR-SE.
 
 
 
 
("A Pequena Bailarina de quatorze anos", de Edgar Degas)
 

 

Pseudônimo: Juliano Monterroso

Título: Sonhos Pétreos

 

Os pais diziam que ela seria uma das maiores bailarinas da história – com direito, acrescentavam, a ser eternizada em monumentos. Na primeira grande audição, porém, teve um surto catatônico no palco. E, com apenas quatorze anos de idade, transformava-se para a família numa indesejável peça de museu.

 

 
Pseudônimo: Ana Lina 

Título: Grand Jeté

 

O véu dobrava a esquina e chegava à quitanda do "Seu" Bastos, já a duas ruas da casa de Dona Carla.

Ela, costureira, lembrava da vida ou de alguém pelos retalhos. Não jogava nada fora, porque sabia o tempo e o mundo tudo aquilo que ficava, e andava, e seguia.

A casa era inteira retalhos. Dia e noite a vizinhança esticava o véu pelas ruas.  Noite e dia ninguém o pisava! Nem Tobias, o cão rebelde!  A filha havia pedido um véu do tamanho do mundo.

Ensaios insistentes todos os dias: máquina de costura em battements tendus, linha em allongé, lembranças da filha completamente en dehors, num ballancé.

- Ontem ela tinha quatorze anos! – recordava-se abismado o dedal já velhinho, que vira ela nascer.

Dona Carla sabia faltar muito chão ainda. Mas até a estreia da filha, também tinha um tempo do tamanho do mundo.

 

 

EQUIPE “RAPIDINHOS”

JURADO: ANDRÉ SANT’ANNA

 


 

Pseudônimo: Portuga 5

Título: Pigmalião

 

Com um pedaço de barro se fez o Homem – diz o texto antigo.

Com um pedaço de pasta de moldar encho as mãos. Amasso-a, aqueço-a como massa de pão. Sinto que não há nada mais sensual. Sem que as procure, surgem-me formas orgânicas. Afinal, vivemos rodeados de seres, de pessoas. Crio espessuras, rotundidades. Faço estiramentos. A pasta é infinitamente moldável, maleável, modelável. Obedece submissamente aos movimentos não pensados das minhas mãos. Surgem cabeça, tronco, ancas, primeiro como meros esboços de volumes, depois em refinamentos de formas femininas. Crescem membros delicados. A textura do material, acetinada, torna-se cúmplice. Irrompem seios, dedos, faces.

Perfeita, a figura feminina reclina-se na minha mão, mansamente. A ilusão de vida é total. Uma emoção perturbadora apodera-se de mim. O quê? Como?

Os meus lábios aproximam-se dos seus.

 

Pseudônimo: Ethexse /esxethE

Título: No festival anual de dança

 

Uma das bailarinas novatas estava sem suas ponteiras de silicone, aflita, material que toma a forma dos pés e protege-os de estúpida dor.

Após negar o empréstimo das ponteiras, algo íntimo demais, e a apresentação ocorrer com todos a sorrir e aplaudir, a bailarina mais experiente me disse:

 “O pé dela deve ter arrebentado, mas ballet é militar.” 

 



("Ambulantes", de Francis Alys)


 

Pseudônimo: Flora Medeiros

Título: Errante

 

Foi difícil de acertar. Não parava em emprego algum. Pra uns, vagabundo. Pra outros, inconstante.

A verdade é que Alceu saía do eixo só de pensar em trilhar uma carreira. Horário, trabalho, salário.

— Não! Isso não é pra mim!

Versátil, achou logo outro caminho. Virou vendedor ambulante.

E anda errando por aí.

 

 

Pseudônimo: Mutante

Título: A curiosa

 

Curiosa como sempre, não se conteve e interpelou o tranquilo rapaz:

- Oi, sempre o vejo passar carregado por aqui. Quem é você? Você é ambulante? O que você vende? O que tem nestas caixas?

- Casulos, respondeu ele sem disfarçar um sorriso.

- Casulos?

- E as borboletas já estão nascendo.

Silêncio.

O rapaz já estava longe quando ela balbuciou:

- Ahhhh! Metamorfose ambulante!

 

 

Pseudônimo: Ramon Rufo

Título: Fiscal de Fronteira

 

Intrigado, decidiu investigar o rapaz que, todos os dias, atravessava a fronteira com um carrinho repleto de caixas de papelão. Foi inútil. Todas vazias.

Só descobriu o crime quatro anos depois: tráfico de caixas de papelão.

 

 

 

EQUIPE “INSÓLITOS”

JURADO: PAULO FODRA

 
 
 

Pseudônimo: Finado Severino

Título: Sinais 

 

O menino estava sempre triste, andava pelos cantos e sombras, normalmente de manga comprida, encapotado em blusas, independente se calor ou frio. Não era de olhar no olho dos outros, salvo quando questionado sobre como se sentia; mas nunca ousava responder.

Uma vez ou outra, após a insistência dos outros meninos, completava algum dos times no campinho improvisado. No entanto, quando entrava no lado sem camisa, tinha logo de correr para casa: a mãe, que sempre acompanhava pela janela, aparecia prontamente ao portão, tamborilando o impaciente pé direito na calçada.

Ao cruzar o portão, ouvia a mãe resmungar:

— Teu pai tá voltando. Você sabe o que te acontece se ele vê isso!

Ele sabia. Todo mundo da rua sabia. E sabiam, também, que aconteceria se o pai visse ou deixasse de ver. O menino era quieto, mas as marcas pelo corpo - e os olhos - gritavam por ele.

 

 

Pseudônimo: Névio Burgos

Título: Vil Metal

 

Nas ruas, vendia muito mais que a inocência em cada noite que se apagava.

De manhã, na padaria, pedia dois pães e um copo de leite.

 

 

Pseudônimo: Regis Guerra

Título: O bastardo

 

Há trinta anos, uma palmada o fez chorar. E respirou pela primeira vez.  

Há trinta anos, uma mulher, em coma, deu à luz um menino.

Há trinta anos, um criminoso anônimo. Um pai que se ignora.

Há trinta anos, o menino chora.

 

 
 
 
 

Pseudônimo: Pressuposto Epistemológico

Título: Claustrofobia

 

Começou com um mal estar, uma sensação de sufocamento. A porta pantográfica fechava e era como se o ar se extinguisse.

Nos túneis, sob o trânsito pesado, a angustiada travessia: carros, escuro e concreto, com canos de descarga promovendo a névoa, o barulho, a incapacidade de respirar.

Então o apartamento e a desejada segurança. Até os móveis se avolumarem, as paredes se moverem, espremerem, torcerem. O mundo de Dali se impondo ao dela.

Correu à janela, respirou o ar puro da serra, ar, muito ar, relaxou. Olhou o vale, montanhas por toda parte, altas e sólidas, paredes de pedra.  Voltou os olhos para si, para o próprio corpo. Precisava sair.

Da janela, um pulo só. E então a liberdade: o corpo rasgado no chão e o espírito solto no ar. Ar, muito mais ar agora.

 

 
 
 
 

Pseudônimo: Quartzo Rosa
Título: Escola da vida

 

Bailarina adolescente, passos afoitos, rodopiou na dança da vida... Dançou... Dançou... Dançou e... Cresceu.

 

 
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Para quem irá torcer?

Já decidiu para quem irá torcer em cada equipe? Escolha o seu favorito de cada uma!
Você, leitor, também poderá ajudar o seu candidato preferido! Após a leitura dos minicontos, você poderá votar, no campo dos comentários (apenas pela Conta do Google – ou seja, anônimos não contarão) em um integrante de cada equipe, o qual você NÃO DESEJA que seja o ELIMINADO da semana. Vote pela imunidade do seu candidato! O candidato, de cada equipe, que tiver mais votos, receberá um bônus de 0,5 pts. em seu somatório geral! Os votos serão computados até quinta-feira, às 19 horas.

Mas lembrem-se: só logados com a Conta do Google!


NA PRÓXIMA QUINTA-FEIRA, ESTAREMOS DIVULGANDO AS NOTAS E OS COMENTÁRIOS DOS JURADOS. NA SEXTA-FEIRA, ESTAREMOS ANUNCIANDO O CANDIDATO ELIMINADO DE CADA EQUIPE. 
 
AUTORES S/A: UMA SOCIEDADE DIFERENTE
 
PATROCÍNIO: EDITORA PENALUX / SELO MICROLUX
 
 
 
 
 

45 comentários:

Aqueles que gostaria de ver continuar:

Pressuposto Epistemológico - Insólitos

Juliano Monterroso - Max Minis

Mutante - Rapidinhos

Razec - Contidos

Boa Sorte a Todos.

PAR

Pressuposto Epistemológico cometeu, na minha opinião, o melhor texto da rodada

Mas por que cargas d'agua os participantes são tao politicos na hora de apontar um rival forte?

Criar um conto de algo completamente novo, como uma imagem, é um desafio para poucos, corre-se o risco de apelar para colagens, para o superfluo, para aquilo que os olhos veem, gostei de alguns, detestei vários, tocou-me, pela poesia contida no texto, por buscar na melancolia dos olhos da criança a beleza do horizonte, os saveiros do Mar Morto, nao sei se pela referência explicita a Jorge Amado, nao sei.

Este comentário foi removido pelo autor.

Avaliando todos os contos postados ate aqui

Pseudônimo: Castel

Pseudônimo: Hitchcock

Pseudônimo: Ramon Rufo

Pseudônimo: Névio Burgos

Juliano Monterroso , minha torcida nipo-braziliana é toda sua. Avante mestre.

Pseudônimo: Sebastião Jones

Um dos melhores, merece ficar na competição!

Porém, Dulcíssima, ver "literalmente" também é válido. Não há regras, o importante é uma boa ideia. O que os olhos veem ou não.

Os integrantes (de cada equipe) que eu não desejo a eliminação:

- Os contidos: RAZEC
- Max minis: HITCHCOCK
- Rapidinhos: RAMON RUFO
- Insólitos: PRESSUPOSTO EPISTEMOLÓGICO

Vale adaptação de piada velha? http://piadas.terra.com.br/0,1909,p1819,00.html ... http://www.giachini.com/piada/index.php?ID=piadaView&id=466&id_cat=19

Desejo que fiquem:

* Os contidos: Razec
* Max minis: Hitchcock
* Rapidinhos: Ramon Rufo
* Insólitos: Pressuposto

"Vale adaptação de piada velha?". O que diria o prezado anônimo ao ler'Se Eu Morrer Telefone para o Céu', de José Cândido de Carvalho? Literatura não é apenas o que se diz, mas também como se diz. Uma velha anedota pode render um grande miniconto.

Achei os melhores
Rerman Resto
Hitchcock
Mutante
Regis Guerra

MEUS VOTOS:

Equipe OS CONTIDOS: Razec
Equipe MAX MINIS: Hitchcock
Equipe RAPIDINHOS: Errante
Equipe INSÓLITOS: Quartzo Rosa

Hum... não ganha 0,5 ponto quem tem o melhor conto, mas quem tem mais amigos

Exatamente. Aconteceu também no concurso anterior, de poesia. Mais amigos, mais votos. Mas os jurados oficiais e os convidados especiais equilibram isso. Se o sujeito dos muitos amigos for realmente bom, leva. Se não for, dança lá na frente.

Gostaria que o Quartzo Rosa, da Equipe Insólitos, permanecesse no concurso. Simplesmente tocante! Adorei!

Estou concorrendo e faço absoluta questão de não divulgar para ninguém que estou ali no meio. Já participei de outros concursos com critério "amizade" e mantenho a mesma posição de não fazer campanha alguma.

os melhores sao
Razec
Hitchcock
Ramon Rufo
Finado Severino

Fiscal de Fronteira ser classificado, sendo que é um plágio descarado da piada da mulher que ia e vinha do Paraguai, de moto, e no fim descobrem que ela contrabandeava motos... Lamentável também a classificação de Vil Metal, um continho extremamente medíocre, sem surpresa nenhuma. Melhor nem participar de concursos literários. Só tem marmeladas, pô.Waldemar.

Acho que o amigo do post de cima não esta conseguindo acompanhar!Seria melhor que desenhassem!!!!

Eu nunca mais participo dessas porcarias, sinceramente. Nunca vi jurados tãaãão incompetentes como esses. E se a gente reclamar aqui eles escrevem: participe de outros concursos. Vil Metal me parece um continho escrito por uma criança de sete anos.Tenham dó. Digam, então, que é um sorteio, e não um julgamento por mérito... Fils du Vent et du Soleil.

Recomendo ao amigo(a) acima,que não participe desse concurso,visto que seu conto deve estar acima da média dos demais e não merece ser julgado.Deveria então pedir para que o concurso fosse interrompido e o seu conto fosse elevado a campeão.

Ô, anónimos, estes minicontos ainda não se classificaram, estão a julgamento. Quatro deles caem fora.

Peço desculpa ao exímio escritor reclamante o desconforto causado e ao término do concurso, se ele puder se identificar, prometo não participar de qualquer concurso que o nobre participe.Abraço.

Acho que as críticas, às vezes, estão um pouco exageradas. Mas realmente, resumir uma crônica já existente - a história da velhinha é do Stanislaw Ponte Preta e chama A velhinha contrabandista - é muita cara de pau. E, claro, falta de criatividade.

Cada um escreve o que quer. Está aí para ser julgado. Quanta gente chata!

POR QUE CARGAS D'AGUA OS ELIMINADOS CHORAM TANTO?

Anõnimos recalcados.
Aqui, so os melhores.

Gente! Que baixaria! Não quero acreditar que isso venha de "escritores", pessoas que supostamente deveriam ter uma postura diferenciada pela sua (suposta) visão apurada da realidade.

Boa tarde,

Contente por mais um certame no sítio Autores S/A. No entanto, como já diria Camões, sinto um contentamento descontente. Pelo apreciado, concluo que seria melhor poupar meus minutos preciosos.

Para quem não me conhece, sou crítico literário e jornalista. Dos bons. Tenho grande apreço pelos organizadores dos certames deste espaço. A iniciativa é válida e a banca de jurados é excelente (com Leila Míccolis numa banca, seria melhor que eu me calasse, mas não calo). Já os que deveriam protagonizar o certame... Como dizem os tuiteiros de plantão: R.I.P minicontos.

Não vim aqui para ler postagem de rede social, nem piada malsucedida, nem plágio, nem trocadilho infantil, tampouco slogan publicitário. Procura-se Literatura. Onde se vê estranhamento? Quem impressiona, quem derruba da cadeira? Absolutamente ninguém, nesta leva. É triste constatar esta pobreza em um gênero que já não é lá grandes coisas (sem trocadilho).

Há o óbvio ululante, do tipo o balé é militar. Há slogans de disque-criança desconsolada. Há quem tenha 'chamado Raul', literalmente, neste espaço. Há quem tenha tido a pretensão de escrever o Gênesis ou a criação de Pandora em um miniconto! É, chega, está feia a coisa. Estou me cansando.

Num ato de generosidade descomunal, que não condiz com o meu perfil (estejam certos disso), apontarei os menos piores de cada grupo:

Razec, Pressuposto Epistemológico, Hitchcock e Flora Medeiros.

Quem não gostou das minhas considerações, ''que vá chorar na cama que é lugar quente''. Observem, acabo de elaborar um miniconto: inspirado por vocês.

Cordialmente,
F.N.V

rá rá
o cara mesmo se define "crítico literário e jornalista dos bons", é dose, não para chorar na cama, mas para se divertir.
Tem muito de crítico mesmo, daqueles frustados, é chato pra caramba. Epa, desculpe por ter escrito "pra caramba", caro crititico.

Odeio me dirigir a anônimos, pessoas que não dão a cara a tapa. Pois bem, encerrando o assunto: frustrado eu fiquei, sim, por ter perdido meu tempo precioso com textos tão pobres. Me esperem na próxima.

Cordialmente,
F.N.V

Quero ler seus escritos nobre jornalista e escritor Felipe Neto Viana, pois fiz uma busca no google e só achei um concurso de haicai em que você era jurado e nada mais. Quero aprender,poxa!!!!

Quando a gente se inscreve em um concurso, tem que estar aberto a críticas, é claro. Mas a grosseria aqui tá demais.

Senhores Anônimos desinteressantes,

Se buscarem com mais afinco sobre a minha pessoa, saberão que não sou escritor. Sou crítico literário. Quem se diz escritor, que faça jus ao título. Como eu não me dou a esse luxo, não publico.

Por favor, não confundam sinceridade com grosseria. Entretanto, de antemão eu aviso: sei ser grosso também, se preciso for.

Honestamente,
F.N.V

acho que o concurso abriu demais: novas fases, propostas de novos contos... apresentação dos contos ao público... exposição da opinião dos críticos... continuo achando que todas as eliminatórias devem ser realizadas apenas com os contos inscritos numa única fase, e apresenta-se a seleção com o resultado dos 3 primeiros para premiação! como são os concursos. A exposição "dos bastidores"de faz desacreditar a qualidade do concurso.
Tem o que fala mal do jurado, o que fala mal das escolhas, o que fala mal do conto, o que usa linguagem vulgar...
MELHOR A EDITORA REPENSAR PARA O PRÓSIMO!

Quanta dor de cotovelo! Uns se dizem escritores e escrevem baixarias; o outro se intitula crítico literário e joga suas palavras no ventilador da ignorância. Se não gostaram tenham pelo menos a decência de se omitirem em respeito a todos aqui, sobretudo aos jurados e aos concorrentes que chegaram a esta fase com merecimento. Até porque calar-se no memento certo é sim sinal de inteligência. Se querem outro tipo de critério promovam vocês outro certame!

desculpe o erro. no comentário anterior leia PRÓXIMO.
juro que foi um erro de digitação.

Atenção organizadores,
tem gente confundindo miniconto ou microconto com conto pequeno. São modalidades narrativas bem diferentes, por favor! Tenho visto pequenos contos sendo classificados. São pouquíssimos aqueles que realmente estão participando com textos que, caracteristicamente, podem ser chamados minicontos.

Estou achando o máximo isso aqui. A forma do concurso como um organismo vivo, que evolui, se modifica, ao contrário de outros certames estáticos. Acompanhar os bastidores parece uma mistura de Woody Allen com Truffaut. E os eliminados anônimos estão cada vez mais divertidos.

Aqui está de onde o mini Fiscal de Fronteira foi plagiado:
A Velha Contrabandista de Stanislau Ponte Preta

Diz que era uma velhinha que sabia andar de lambreta. Todo dia ela passava pela fronteira montada na lambreta, com um bruto saco atrás da lambreta. O pessoal da Alfândega - tudo malandro velho - começou a desconfiar da velhinha.

Um dia, quando ela vinha na lambreta com o saco atrás, o fiscal da Alfândega mandou ela parar. A velhinha parou e então o fiscal perguntou assim pra ela:

- Escuta aqui, vovozinha, a senhora passa por aqui todo dia, com esse saco aí atrás. Que diabo a senhora leva nesse saco?

A velhinha sorriu com os poucos dentes que lhe restavam e mais outros, que ela adquirira no odontólogo, e respondeu:

- É areia!

Aí quem sorriu foi o fiscal. Achou que não era areia nenhuma e mandou a velhinha saltar da lambreta para examinar o saco. A velhinha saltou, o fiscal esvaziou o saco e dentro só tinha areia. Muito encabulado, ordenou à velhinha que fosse em frente. Ela montou na lambreta e foi embora, com o saco de areia atrás.

Mas o fiscal desconfiado ainda. Talvez a velhinha passasse um dia com areia e no outro com muamba, dentro daquele maldito saco. No dia seguinte, quando ela passou na lambreta com o saco atrás, o fiscal mandou parar outra vez. Perguntou o que é que ela levava no saco e ela respondeu que era areia, uai! O fiscal examinou e era mesmo. Durante um mês seguido o fiscal interceptou a velhinha e, todas as vezes, o que ela levava no saco era areia.

Diz que foi aí que o fiscal se chateou:

- Olha, vovozinha, eu sou fiscal de alfândega com 40 anos de serviço. Manjo essa coisa de contrabando pra burro. Ninguém me tira da cabeça que a senhora é contrabandista.

- Mas no saco só tem areia! - insistiu a velhinha. E já ia tocar a lambreta, quando o fiscal propôs:

- Eu prometo à senhora que deixo a senhora passar. Não dou parte, não apreendo, não conto nada a ninguém, mas a senhora vai me dizer: qual é o contrabando que a senhora está passando por aqui todos os dias?

- O senhor promete que não "espáia"? - quis saber a velhinha.

- Juro - respondeu o fiscal.

- É lambreta.

Dá pra confiar em concursos assim, onde os jurados nem conhecem o grande Stanislau Ponte Preta?

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